Modelo de Quesitos para Perícia Médica em Ação de Erro Médico
Trata-se de modelo de petição intermediária na qual a autora apresenta quesitos à perícia médica judicial em ação de indenização por danos morais e materiais, decorrentes de erro médico, conforme o artigo 465, § 1º, do Código de Processo Civil. A petição, protocolada dentro do prazo legal, visa demonstrar o nexo causal entre o atendimento médico prestado pelo réu e os danos alegados, abordando aspectos como diagnóstico da lesão, conduta médica, adequação do tratamento e impacto do dano sofrido. Além dos quesitos direcionados ao perito, a petição indica a assistente técnica da autora, profissional médica devidamente qualificada. São requeridas informações detalhadas sobre a evolução clínica da paciente, possíveis falhas no atendimento hospitalar e omissões que possam ter contribuído para o agravamento de seu quadro. Por fim, busca-se esclarecer a compatibilidade entre o sofrimento físico e psicológico relatado e os registros médicos disponíveis, fundamentando a necessidade de reparação conforme os artigos 186 e 927 do Código Civil.
- Sumário da petição
- QUESITOS À PERÍCIA MÉDICA JUDICIAL
- 1 – INDICAÇÃO DO ASSISTENTE TÉCNICO
- 2 – QUESITOS AO PERITO
- 2.1. Quanto à natureza e diagnóstico da lesão
- 2.2. Sobre o nexo causal e conduta médica
- 2.3. Sobre a adequação do tratamento e infraestrutura
- 2.4. Sobre a alta hospitalar e evolução do quadro
- 2.5. Sobre o impacto do dano e necessidades futuras
- 2.6. Sobre o sofrimento físico e psicológico
- 2.7. Sobre a documentação médica
- 2.8. Sobre a conclusão pericial
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 00ª VARA CÍVEL DA CIDADE (PP)
PROPÓSITO DESTE ARRAZOADO
(a) Quesitos à perícia médica para ação de indenização por erro médico
Ação de Indenização Por Danos Morais e Materiais
Processo nº. 07654321-99.2025.8.26.04000
Autora: Mariana da Silva
Réu: Carlos Eduardo Lima
Intermediada por seu mandatário ao final firmado, comparece, com o devido respeito à presença de Vossa Excelência, Maria da Silva, já qualificada na peça vestibular, para, com fundamento no art. 465, § 1º, do Código de Processo Civil, dentro do prazo legal, apresentar seus
QUESITOS À PERÍCIA MÉDICA JUDICIAL
em atendimento ao despacho saneador proferido, com o objetivo de comprovar os fatos alegados pela autora, demonstrando a ocorrência de erro médico e os danos dela decorrentes.
1 – INDICAÇÃO DO ASSISTENTE TÉCNICO
Cumpre-nos, inicialmente, indicar o assistente técnico:
Dra. Sofia Mendes Ribeiro, médica, solteira, com endereço profissional sito na Avenida das Palmeiras, nº. 789, São Fictício/SP, com endereço eletrônico [email protected], telefone (11) 7777-6666, inscrita no CPF(MF) sob o nº 444.555.666-77 e no CRM/SP sob o nº 06/123456.
2 – QUESITOS AO PERITO
Considerando-se os pontos controvertidos fixados na decisão interlocutória, a Autora, buscando demonstrar a ocorrência de erro médico, nexo causal com os danos sofridos e a extensão dos prejuízos, formula os seguintes quesitos à perícia, com o objetivo de comprovar os fatos por ela alegados:
2.1. Quanto à natureza e diagnóstico da lesão
2.1.1. A autora apresenta lesão, sequela ou prejuízo à saúde decorrente do procedimento médico ou atendimento hospitalar descrito nos autos? Qual a natureza, gravidade e classificação (CID-10, se aplicável)?
2.1.2. Qual a data provável de início da lesão ou prejuízo à saúde? É possível correlacioná-la temporalmente com o atendimento prestado pelo réu em [data ou período]?
2.1.3. A autora apresentava condições clínicas preexistentes que possam ter contribuído para o desfecho do atendimento? Em que medida essas condições influenciaram o resultado?
2.1.4. Há indícios de que a lesão ou sequela foi desencadeada ou agravada por falha no procedimento médico questionado?
2.1.5. O quadro clínico da autora evoluiu de forma esperada para o tipo de procedimento realizado, ou houve complicações atípicas?
2.2. Sobre o nexo causal e conduta médica
2.2.1. Existe nexo causal ou concausal entre o procedimento médico ou atendimento hospitalar realizado e o dano alegado? Detalhar, considerando negligência, imprudência ou imperícia.
2.2.2. A conduta médica adotada pelo réu seguiu os protocolos e diretrizes da literatura médica e do Conselho Federal de Medicina para o caso? Caso contrário, quais falhas foram identificadas?
2.2.3. Houve demora, omissão ou erro no diagnóstico da condição da autora? Como isso impactou seu quadro clínico?
2.2.4. A conduta dos profissionais envolvidos (médicos, enfermeiros, etc.) foi compatível com o dever de cuidado exigido? Especificar eventuais desvios.
2.2.5. O réu informou adequadamente a autora sobre os riscos do procedimento, conforme exigido pelo Código de Ética Médica?
2.3. Sobre a adequação do tratamento e infraestrutura
2.3.1. O tratamento administrado foi adequado ao quadro clínico da autora? Foram utilizados medicamentos, técnicas ou equipamentos recomendados?
2.3.2. A unidade hospitalar disponibilizou infraestrutura, equipamentos e equipe técnica adequados? Houve falha em serviços auxiliares (enfermagem, exames, radiologia)?
2.3.3. A administração de medicamentos ou realização de exames seguiu os padrões de segurança e posologia recomendados?
2.3.4. Caso aplicável, a transferência da autora para outra unidade de saúde foi realizada com suporte médico adequado e comunicação entre equipes?
2.3.5. Existem registros de falhas logísticas ou administrativas no hospital que possam ter contribuído para o dano?
2.4. Sobre a alta hospitalar e evolução do quadro
2.4.1. A alta hospitalar foi concedida em conformidade com o quadro clínico da autora? Havia sinais que indicassem a necessidade de maior acompanhamento?
2.4.2. As complicações ou sequelas verificadas poderiam ter sido evitadas com conduta médica distinta? Qual seria a conduta apropriada e o prognóstico esperado?
2.4.3. O quadro clínico da autora apresentou progressão, agravamento ou estabilização após o atendimento? Detalhar eventuais complicações.
2.4.4. Houve acompanhamento pós-alta adequado para monitorar a evolução do quadro da autora?
2.4.5. A alta hospitalar seguiu os protocolos médicos para o procedimento em questão?
2.5. Sobre o impacto do dano e necessidades futuras
2.5.1. A autora sofreu redução funcional (motora, sensorial, cognitiva, etc.) decorrente do atendimento? Qual o percentual estimado e impacto nas atividades diárias?
2.5.2. Há necessidade de tratamentos futuros (médicos, cirúrgicos, fisioterápicos, psicológicos)? Especificar tipo, duração e custo estimado.
2.5.3. A autora necessita de órteses, próteses ou auxílios permanentes devido ao dano? Detalhar custos e periodicidade de substituição.
2.5.4. O dano gerou incapacidade temporária ou permanente? É parcial ou total, e quais as limitações impostas?
2.5.5. A autora apresenta limitações laborais ou sociais decorrentes do dano sofrido? Especificar.
2.6. Sobre o sofrimento físico e psicológico
2.6.1. A autora sofreu sofrimento físico ou psicológico relevante decorrente do atendimento? É possível quantificar a intensidade com escalas clínicas?
2.6.2. Há sinais de transtornos psicológicos (ansiedade, depressão, estresse pós-traumático) relacionados ao evento?
2.6.3. O impacto emocional do dano interfere nas relações familiares, sociais ou profissionais da autora?
2.6.4. A autora necessita de acompanhamento psicológico para lidar com os efeitos do dano sofrido?
2.6.5. O sofrimento relatado é compatível com a gravidade do dano identificado na perícia?
2.7. Sobre a documentação médica
2.7.1. O prontuário médico e os registros hospitalares estão completos, legíveis e em conformidade com as normas do Conselho Federal de Medicina?
2.7.2. Há lacunas, omissões ou inconsistências nos registros que comprometam a análise do caso?
2.7.3. Os exames complementares realizados foram adequadamente interpretados e registrados?
2.7.4. Os registros refletem a evolução do quadro clínico da autora de forma fidedigna?
2.7.5. Há evidências de alterações ou supressão de informações nos documentos médicos?
2.8. Sobre a conclusão pericial
2.8.1. Com base na avaliação médica, pode o perito afirmar que houve erro médico no atendimento prestado à autora?
2.8.2. Existem limitações na análise (falta de documentos, resistência das partes) que comprometam a certeza do laudo?
2.8.3. A perícia permite concluir se o dano sofrido pela autora foi causado por falha médica ou hospitalar?
2.8.4. Há recomendações específicas, como exames adicionais ou revisão de prontuários, para esclarecer os fatos?
2.8.5. A análise corrobora a existência de ato ilícito passível de reparação, nos termos dos arts. 186 e 927 do Código Civil?
Respeitosamente, pede deferimento.
Cidade (PP), 00 de abril de 0000.
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