Modelo de Quesitos para Perícia Médica Seguradora
Trata-se de modelo de petição intermediária, formulada em ação de cobrança de indenização securitária, na qual se apresentam quesitos à perícia médica, na forma do art. 465 do CPC, objetivando comprovar a ilicitude de ato de seguradora, que recusou o pagamento de prémio de apólice de seguro, argumentando doença pré-existente. Nesse contexto, busca-se comprovar o nexo de causalidade e seus efeitos, razão qual pede-e a condenação daquela ao pagamento do valor corrigido, na forma dos artigos art. 927, 757, 765, 768 e 760, todos do Código Civil
- Sumário da petição
- 1 – INDICAÇÃO DO ASSISTENTE TÉCNICO
- 2 – QUESITOS AO PERITO
- 2.1. Quanto ao diagnóstico e natureza da condição
- 2.2. Sobre o grau de incapacidade
- 2.3. Sobre o nexo causal e relação com a apólice
- 2.4. Sobre limitações funcionais e impactos
- 2.5. Sobre a relação com o trabalho
- 2.6. Sobre a documentação médica
- 2.7. Sobre a metodologia da perícia
- 2.8. Sobre a conclusão pericial
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 00ª VARA CÍVEL DA CIDADE (PP)
PROPÓSITO DESTE ARRAZOADO
(a) Quesitos para perícia médica em ação de cobrança de cobertura securitária
Ação de Cobrança de Cobertura Securitária
Processo nº. 07654321-99.2025.8.26.04000
Autora: Mariana da Silva
Réu: Seguradora Xista S/A
Intermediada por seu mandatário ao final firmado, comparece, com o devido respeito à presença de Vossa Excelência, Mariana da Silva, já qualificada na peça vestibular, para, com fundamento no art. 465, § 1º, do Código de Processo Civil, dentro do prazo legal, apresentar seus
QUESITOS À PERÍCIA MÉDICA
em atendimento ao despacho saneador próximo passado, com o objetivo, por isso, de comprovar os fatos alegados pela autora, demonstrando a existência de incapacidade permanente total ou parcial coberta pela apólice de seguro, nos termos do contrato e da legislação aplicável.
1 – INDICAÇÃO DO ASSISTENTE TÉCNICO
Cumpre-nos, inicialmente, indicar o assistente técnico:
Dra. Sofia Mendes Ribeiro, médica, solteira, com endereço profissional sito na Avenida das Palmeiras, nº. 789, São Fictício/SP, com endereço eletrônico [email protected], telefone (11) 7777-6666, inscrita no CPF(MF) sob o nº 444.555.666-77 e no CRM/SP sob o nº 06/123456.
2 – QUESITOS AO PERITO
Considerando os pontos controvertidos fixados na decisão interlocutória, a Autora, buscando demonstrar a existência de incapacidade coberta pela apólice de seguro, formula os seguintes quesitos à perícia, com o objetivo de apurar o diagnóstico, o grau de incapacidade e o nexo causal.
2.1. Quanto ao diagnóstico e natureza da condição
2.1.1. A autora apresenta alguma doença ou lesão que cause incapacidade funcional? Em caso afirmativo, qual o diagnóstico, com base na CID-10 ou DSM-5?
2.1.2. A condição diagnosticada é de origem congênita, adquirida ou mista? É possível determinar a data aproximada de seu início?
2.1.3. A doença ou lesão é pré-existente à celebração do contrato de seguro ([inserir data])? Há registros médicos que indiquem sua manifestação antes dessa data?
2.1.4. O quadro clínico da autora é estável, progressivo ou sujeito a períodos de remissão? Detalhar a evolução da condição.
2.1.5. A autora está em tratamento médico atual? Quais medicações, terapias ou procedimentos são utilizados, e qual o grau de adesão?
2.2. Sobre o grau de incapacidade
2.2.1. A condição da autora resulta em incapacidade funcional permanente? Se sim, é total ou parcial, e qual o percentual estimado de redução da capacidade?
2.2.2. A incapacidade impede a autora de exercer sua ocupação habitual ([inserir ocupação]) ou qualquer outra atividade remunerada compatível com sua formação?
2.2.3. Há limitações específicas (ex.: sobrecarga de coluna, deambulação excessiva) que restrinjam o desempenho de certas atividades? Especificar.
2.2.4. A autora consegue realizar atividades cotidianas (ex.: locomoção, higiene, alimentação) sem assistência de terceiros? Em que medida?
2.2.5. A condição da autora configura perda da existência independente, conforme definição da SUSEP para cobertura securitária?
2.3. Sobre o nexo causal e relação com a apólice
2.3.1. A incapacidade da autora decorre de acidente pessoal, conforme definido pela SUSEP (ex.: queda, atropelamento, acidente de trânsito)? Se sim, detalhar o evento e sua relação com a condição.
2.3.2. A condição pode ser classificada como doença ocupacional, relacionada às atividades laborais da autora? Há nexo causal com o trabalho?
2.3.3. A incapacidade está abrangida pelas coberturas previstas na apólice de seguro ([inserir número da apólice])? Especificar as cláusulas aplicáveis.
2.3.4. A autora informou a seguradora sobre a condição pré-existente (se aplicável) no momento da contratação? Há registros dessa comunicação?
2.3.5. A condição da autora foi agravada por fatores externos (ex.: acidentes, condições de trabalho) após a contratação do seguro? Detalhar.
2.4. Sobre limitações funcionais e impactos
2.4.1. A autora apresenta alterações em funções motoras, sensoriais ou cognitivas decorrentes da condição? Qual o grau de comprometimento?
2.4.2. Há restrições permanentes para atividades que exijam esforço físico, como levantamento de peso ou longos períodos de caminhada? Especificar.
2.4.3. A condição impacta a capacidade laboral da autora, considerando sua formação e experiência profissional? Como?
2.4.4. A autora necessita de adaptações (ex.: auxílios técnicos, modificações no ambiente de trabalho) para desempenhar atividades laborais ou diárias?
2.4.5. A incapacidade gera sofrimento físico ou psicológico significativo? É possível quantificar com escalas clínicas ou observações objetivas?
2.5. Sobre a relação com o trabalho
2.5.1. Há nexo causal ou concausal entre as atividades laborais da autora ([inserir ocupação]) e a condição diagnosticada? Detalhar.
2.5.2. As condições de trabalho da autora (ex.: esforço físico, exposição a agentes nocivos) contribuíram para o agravamento da condição? Em que medida?
2.5.3. A autora recebeu benefícios previdenciários (ex.: auxílio-doença, aposentadoria por invalidez) relacionados à condição? Se sim, desde quando e por qual motivo?
2.5.4. A incapacidade impede a autora de retornar à sua ocupação habitual? Há possibilidade de reabilitação profissional para outra atividade?
2.5.5. O perito pode comparar o quadro clínico da autora com os critérios de incapacidade laboral estabelecidos pelo INSS?
2.6. Sobre a documentação médica
2.6.1. Os prontuários, laudos e exames apresentados estão completos e em conformidade com as normas do Conselho Federal de Medicina? Há lacunas ou inconsistências?
2.6.2. Os registros médicos corroboram os relatos da autora sobre o início e a evolução da condição? Detalhar eventuais divergências.
2.6.3. Foram realizados exames complementares (ex.: ressonância, raio-X) que confirmem o diagnóstico e o grau de incapacidade? Se não, por quê?
2.6.4. Há laudos de outros especialistas (ex.: ortopedista, neurologista) que complementem a análise da condição da autora? Como foram considerados?
2.6.5. A ausência de documentação específica (ex.: exames recentes) compromete a avaliação pericial? Por que não foi solicitada sua complementação?
2.7. Sobre a metodologia da perícia
2.7.1. Quais procedimentos foram realizados durante a perícia (ex.: entrevista, exame físico, análise documental)? Detalhar a metodologia empregada.
2.7.2. O perito utilizou escalas ou protocolos reconhecidos (ex.: AMA Guides, IFBr-A) para avaliar o grau de incapacidade? Especificar.
2.7.3. Foram considerados os critérios da SUSEP para definição de incapacidade permanente total ou parcial na elaboração do laudo? Como?
2.7.4. O exame pericial incluiu avaliação funcional específica para atividades laborais da autora? Detalhar os testes realizados.
2.7.5. A perícia considerou o contexto biopsicossocial da autora, conforme art. 2º da Lei nº 13.146/2015, ao avaliar limitações? Especificar.
2.8. Sobre a conclusão pericial
2.8.1. Com base na avaliação médica, pode o perito afirmar que a autora apresenta incapacidade permanente total ou parcial coberta pela apólice? Justificar.
2.8.2. Existem limitações na análise (ex.: falta de documentos, resistência da periciada) que comprometam a certeza do laudo? Especificar.
2.8.3. A perícia permite concluir se a condição da autora configura um evento segurado, conforme os termos da apólice? Detalhar.
2.8.4. Há recomendações específicas (ex.: novos exames, avaliação multiprofissional) para esclarecer os pontos controvertidos?
2.8.5. A análise corrobora a existência de direito à cobertura securitária, nos termos do contrato e do art. 927, 757, 765, 768 e 760, todos do Código Civil?
Respeitosamente, pede deferimento.
Cidade (PP), 00 de abril de 0000.
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